20° capítulo

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Enquanto Rosa e André espanejavam os móveis do salão, tagarelando alegremente, uma cena bem triste e compungente se passava em um escuro aposento atinente às senzalas, onde Isaura sentada sobre um cepo, com um dos alvos e mimosos artelhos preso por uma corrente cravada à parede, há dois meses se achava encarcerada.
Mientras Rosa y André sacudían los muebles de la sala, conversando alegremente, se produjo una escena muy triste y conmovedora en un cuarto oscuro perteneciente a las dependencias de los esclavos, donde Isaura estaba sentada en un tocón, con uno de los blancos y delicados dedos de los pies pegado a él. una cadena clavada en la pared. , durante dos meses había estado encarcelada.

Miguel ai tinha sido introduzido por ordem de Leôncio, para dar parte à filha do projeto de seu senhor, e exortá-la a aceitar o partido que lhes propunha. Era pungente e desolador o quadro que apresentavam aquelas duas míseras criaturas, pálidas, extenuadas e abatidas pelo infortúnio, encerrados em uma estreita e lôbrega espelunca. Ao se encontrarem depois de dois longos meses, mais oprimidos e desgraçados que nunca, a primeira linguagem com que se saudaram não foi mais do que um coro de lágrimas e soluços de indizível angústia, que abraçados por largo tempo estiveram entornando no seio um do outro.
Miguel había sido llevado allí por orden de Leoncio, para informar a la hija del proyecto de su amo, y exhortarla a aceptar la fiesta que él les proponía. El cuadro que presentaban aquellas dos miserables criaturas era conmovedor y desolado, pálido, exhausto y abatido por la desgracia, encerrado en un angosto y lúgubre vertedero. Cuando se reencontraron después de dos largos meses, más oprimidos e infelices que nunca, la primera lengua con la que se saludaron no fue más que un coro de lágrimas y sollozos de indecible angustia, que abrazados por mucho tiempo se fueron derramando uno en el otro. pechos.

— Sim, minha filha; é preciso que te resignes a esse sacrifício, que é desgraçadamente o único recurso que nos deixam. É com esta condição que venho abrir-te as portas desta triste prisão, em que há dois meses vives encerrada. É, sem dúvida, um cruel sacrifício para teu coração; mas é sem comparação mais suportável do que esse duro cativeiro, com que pretendem matar-te. — É verdade, meu pai; o meu carrasco dá-me a escolha entre dois jugos; mas eu ainda não sei qual dos dois será mais odioso e insuportável.
- Sí, hija; debes resignarte a ese sacrificio, que lamentablemente es el único recurso que nos queda. Con esta condición vengo a abriros las puertas de esta triste prisión en la que estáis encerrados desde hace dos meses. Es, sin duda, un cruel sacrificio a tu corazón; pero es sin comparación más llevadero que este duro cautiverio con que os pretenden matar. — Es verdad, padre mío; mi verdugo me da a elegir entre dos yugos; pero aún no sé cuál de los dos será más odioso e insufrible.

— Eu sou linda, dizem; fui educada como uma rica herdeira; inspiraram-me uma alta estima de mim mesma com o sentimento do pudor e da dignidade da mulher; sou uma escrava, que faz muita moça formosa morder-se de inveja; tenho dotes incomparáveis do corpo e do espírito; e tudo isto para quê, meu Deus!?... para ser dada de mimo a um mísero idiota!... Pode-se dar mais cruel e pungente escárnio?!...
— Soy hermosa, dicen; Me criaron como una rica heredera; me inspiraron una alta estima de mí mismo con el sentimiento de la modestia y dignidad de la mujer; soy un esclavo, que hace arder de envidia a muchas muchachas hermosas; Tengo incomparables dones de cuerpo y espíritu; ¿¡y todo esto para qué, Dios mío!?... ¡para darlo como golosina a un miserable idiota!... ¡¿Se puede dar una burla más cruel y conmovedora?!...

E uma risada convulsiva e sinistra desprendeu-se dos lábios descorados de Isaura, e reboou pelo lúgubre aposento, como o estrídulo ulular do mocho entre os sepulcros.
Y una carcajada convulsa y siniestra se escapó de los pálidos labios de Isaura y resonó por la lóbrega habitación, como el estridente ulular de un búho entre las tumbas.

— Não é tanto como se te afigura na imaginação abalada pelos sofrimentos. O tempo pode muito, e com paciência e resignação hás de te acostumar a esse novo viver, sem dúvida muito mais suave do que este inferno de martírios, e poderemos ainda gozar dias se não felizes, ao menos mais tranqüilos e serenos.
— No es tanto como te parece en la imaginación sacudida por los sufrimientos. El tiempo puede cambiar mucho, y con paciencia y resignación os acostumbraréis a esta nueva vida, sin duda mucho más suave que este infierno del martirio, y aún podremos disfrutar de días, si no felices, al menos más tranquilos y serenos.

— Para mim a tranqüilidade não pode existir senão na sepultura, meu pai. Entre os dois suplícios que me deixam escolher, eu vejo ainda alguma coisa, que me sorri como uma idéia consoladora, um recurso extremo, que Deus reserva para os desgraçados, cujos males são sem remédio. — É da resignação sem dúvida, que queres falar, não é, minha filha?... Ah! meu pai, quando a resignação não é possível, só a morte... — Cala-te, filha!... não digas blasfêmias e palavras loucas. Eu quero, eu preciso, que tu vivas. Terás ânimo de deixar teu pai neste mundo sozinho, velho e entregue à miséria e ao desamparo? Se me faltares, o que será de mim nas tristes conjunturas em que me deixas?...
— Para mí, la paz sólo puede existir en la tumba, padre mío. Entre las dos torturas que me dejan elegir, veo todavía algo que me sonríe como una idea consoladora, un recurso extremo, que Dios reserva para los desdichados, cuyos males no tienen remedio. — Sin duda es de resignación de lo que quieres hablar, ¿no es así, hija mía?... ¡Ah! padre mío, cuando no es posible la resignación, sólo la muerte... —¡Cállate, hija!... no digas blasfemias y locuras. Quiero, necesito, que vivas. ¿Tendrás el coraje de dejar a tu padre solo en este mundo, viejo y abandonado en la miseria y el desamparo? Si me fallas, ¿qué será de mí en las tristes circunstancias en que me dejas?...

— Perdoe-me, meu bom, meu querido pai; só em um caso extremo eu me lembraria de morrer. Eu sei que devo viver para meu pai, e é isso que eu quero; mas para isso será preciso que eu me case com um disforme?... oh! isto é escárnio e opróbrio demais! Tenham-me debaixo do mais rigoroso cativeiro, ponham-me na roça de enxada na mão, descalça e vestida de algodão, castiguem-me, tratem-me enfim como a mais vil das escravas, mas por caridade poupem-me este ignominioso sacrifício!...
— Perdóname, mi bien, mi querido padre; sólo en un caso extremo recordaría morir. Sé que debo vivir para mi padre, y eso es lo que quiero; pero para eso, ¿tendré que casarme con un deforme?... ¡ay! esto es demasiada burla y reproche! ¡Tenedme bajo el más estricto cautiverio, ponedme en el jardín con un azadón en la mano, descalzo y vestido de algodón, castígame, finalmente trátame como al más vil de los esclavos, pero por caridad líbrame de este ignominioso sacrificio!...

— Belchior não é tão disforme como te parece; e demais o tempo e o costume te farão familiarizar com ele. Há muito tempo não o vês; com a idade ele vai-se endireitando, que é ele ainda muito criança. Agora o desconhecerás; já não tem aquele exterior tão grosseiro e desagradável, e tem tomado outras maneiras menos toscas. Toma ânimo, minha filha; quando saíres deste triste calabouço, o ar da liberdade te restituirá a alegria e a tranqüilidade, e mesmo com o marido que te dão poderás viver feliz...
— Belchior no es tan deforme como te parece; y además el tiempo y la costumbre te familiarizarán con él. Hace mucho tiempo que no lo ves; Con la edad, se endereza, ya que todavía es un niño. Ahora no lo sabrás; ya no tiene ese exterior grosero y desagradable, y ha tomado otros caminos menos toscos. Anímate, hija mía; cuando salgas de este triste calabozo, el aire de libertad te devolverá la alegría y la tranquilidad, y hasta con el marido que te den podrás vivir feliz...

— Feliz! — exclamou Isaura com amargo sorriso: — não me fale em felicidade, meu pai. Se ao menos eu tivesse o coração livre como outrora... se não amasse a ninguém. Oh!... não era preciso que ele me amasse, não; bastava que me quisesse para escrava, aquele anjo de bondade, que em vão empregou seus generosos esforços para arrancar-me deste abismo. Quanto eu seria mais feliz do que sendo mulher desse pobre homem, com quem me querem casar! Mas ai de mim! devo eu pensar mais nele? pode ele, nobre e rico cavalheiro, lembrar-se ainda da pobre e infeliz cativa!...
- ¡Feliz! — exclamó Isaura con una sonrisa amarga: — No me hables de felicidad, padre mío. Si tan solo tuviera un corazón libre como antes... si no amara a nadie. ¡Ay!... no necesitaba quererme, no; bastó que me quisiera por esclava, ese ángel de bondad, que en vano empleó sus generosos esfuerzos para sacarme de este abismo. ¡Cuánto más feliz sería yo que ser la esposa de ese pobre hombre que quieren casarme conmigo! ¡Pero Ay! ¿Debería pensar más en él? ¡que él, noble y rico hidalgo, se acuerde todavía del pobre e infeliz cautivo!...

— Sim, minha filha, não penses mais nesse homem; varre da tua idéia esse amor tresloucado; sou eu quem te peço e te aconselho. — Por que, meu pai?... como poderei ser ingrata a esse moço?... — Mas não deves contar mais com ele, e muito menos com o seu amor. — Por que motivo? porventura se terá ele esquecido de mim?... — Tua humilde condição não permite que olhes com amor para tão alto personagem; um abismo te separa dele. O amor que lhe inspiraste, não passou de um capricho de momento, de uma fantasia de fidalgo. Bem me pesa dizer-te isto, Isaura; mas é a pura verdade.
— Sí, hija mía, no pienses más en ese hombre; barre este loco amor de tu mente; soy yo quien os pregunta y os aconsejo. — ¿Por qué, padre mío?... ¿Cómo puedo ser ingrata con ese joven?... — Pero ya no debes contar con él, y mucho menos con su amor. "¿Por qué razón?" ¿acaso me ha olvidado?... - Tu humilde condición no te permite mirar con amor a tan alto personaje; un abismo te separa de ella. El amor que le inspiraste no fue más que un capricho del momento, la fantasía de un noble. Me duele decirte esto, Isaura; pero es la verdad.

— Ah! meu pai! que está dizendo!... se soubesse que mal me fazem essas terríveis palavras!... deixe-me ao menos a consolação de acreditar que ele me amava, que me ama ainda. Que interesse tinha ele em iludir uma pobre escrava?... — Eu bem quisera poupar-te ainda este desgosto; mas é preciso que saibas tudo. Esse moço... ah! minha filha, prepara teu coração para mais um golpe bem cruel. — Que tem esse moço?... perguntou Isaura trêmula e agitada. Fale, meu pai; acaso morreu?... — Não, minha filha, mas... está casado. — Casado!... Álvaro casado!... oh! não; não é possível!... quem lhe disse, meu pai?... — Ele mesmo, Isaura; lê esta carta.
- ¡Oh! ¡mi padre! ¡qué dices!... ¡si supieras el daño que me hacen esas terribles palabras!... al menos déjame el consuelo de creer que me amó, que aún me ama. ¿Qué interés tenía en engañar a una pobre esclava?... —Me gustaría mucho ahorrarte este disgusto; pero debes saberlo todo. Este joven... ¡ah! hija mía, prepara tu corazón para otro golpe muy cruel. “¿Qué le pasa a este joven?” preguntó Isaura, temblando y agitada. Habla, padre mío; ¿Murió?... —No, querida, pero... está casado. — ¡Casado!... ¡Álvaro casado!... ¡ay! No; ¡no es posible!... ¿quién te lo dijo, padre mío?... —Él mismo, Isaura; lee esta carta.

Isaura tomou a carta com mão trêmula e convulsa, e a percorreu com olhos desvairados. Lida a carta, não articulou uma queixa, não soltou um soluço, não derramou uma lágrima, e ela, pálida como um cadáver, os olhos estatelados, a boca entreaberta, muda, imóvel, hirta, ali ficou por largo tempo na mesma posição; dir-seia que fora petrificada como a mulher de Ló, ao encarar as chamas em que ardia a cidade maldita.
Isaura tomó la carta con mano temblorosa y convulsa, y la hojeó con ojos desorbitados. Una vez leída la carta, él no articuló una queja, no soltó un sollozo, no derramó una lágrima, y ​​ella, pálida como un cadáver, los ojos bien abiertos, la boca entreabierta, muda, inmóvil. , rígido, permaneció allí mucho tiempo en la misma posición; era como si hubiera quedado petrificada como la mujer de Lot, frente a las llamas en las que ardía la ciudad maldita.

Enfim por um movimento rápido e convulso atirou-se ao seio de seu pai, e inundou-o de uma torrente de lágrimas. Este pranto copioso aliviou-a; ergueu a cabeça, enxugou as lágrimas, e pareceu ter recobrado a tranqüilidade, mas uma tranqüilidade gélida, sinistra, sepulcral. Parecia que sua alma se tinha aniquilado sob a violência daquele golpe esmagador, e que de Isaura só restava o fantasma.
Por fin, con un movimiento rápido y convulsivo, se arrojó sobre el regazo de su padre y lo inundó con un torrente de lágrimas. Este copioso llanto la alivió; Levantó la cabeza, se secó las lágrimas y pareció recobrar la paz, pero una paz gélida, siniestra, sepulcral. Parecía que su alma había sido aniquilada bajo la violencia de ese golpe demoledor, y que todo lo que quedaba de Isaura era un fantasma.

— Estou morta, meu pai!... não sou mais que um cadáver... façam de mim o que quiserem... Foram estas as últimas palavras que com voz fúnebre e sumida proferiu naquele lôbrego recinto. — Vamos, minha filha, disse Miguel beijando-a na fronte. Não te entregues assim ao desalento; tenho esperança de que hás de viver e ser feliz.
— ¡Estoy muerto, padre mío!... No soy más que un cadáver... haz de mí lo que quieras... Estas fueron las últimas palabras que, con voz fúnebre y apagada, pronunció en aquel habitación sombría. —Vamos, hija mía —dijo Miguel besándola en la frente. No te entregues a un desánimo como este; Tengo la esperanza de que vivirás y serás feliz.

Miguel, espírito acanhado e rasteiro, coração bom e sensível, mas inteiramente estranho às grandes paixões, não podia compreender todo o alcance do sacrifício que impunha à sua filha. Encarando a felicidade mais pelo lado dos interesses da vida positiva e material, não pelos gozos e exigências do coração, ousava conceber sinceras esperanças de mais felizes e tranqüilos dias para sua filha, e não via que, sujeitando-a a semelhante opróbrio, aviltando-lhe a alma, ia esmagar-lhe o coração. Queria que ela vivesse, e não via que aquele ignominioso consórcio, depois de tantas e tão acerbas torturas por que passara, era o golpe de compaixão, que, terminando-lhe a existência, vinha abreviar-lhe os sofrimentos.
Miguel, un espíritu tímido y bajo, un corazón bueno y sensible, pero completamente ajeno a las grandes pasiones, no podía comprender el alcance total del sacrificio que impuso a su hija. Enfrentando la felicidad más del lado de los intereses de una vida positiva y material, no de los gozos y exigencias del corazón, se atrevió a concebir sinceras esperanzas de días más felices y apacibles para su hija, y no vio que, al someter ella a tal oprobio, se envilecería, su alma, le aplastaría el corazón. Quería que ella viviera, y no vio que aquel ignominioso consorcio, después de tantas y tan amargas torturas que había pasado, era el golpe de compasión que, acabando con su existencia, venía a acortar sus sufrimientos.

Malvina achava-se no salão, e ali esperava o resultado da conferência que Miguel fora ter com sua filha. Rosa e André, de braços cruzados junto à porta da entrada, também ali se achavam às suas ordens.
Malvina estaba en el salón y allí esperaba el resultado de la conferencia que Miguel había ido a tener con su hija. Rosa y André, de brazos cruzados junto a la puerta de entrada, también estaban allí a sus órdenes.

Malvina sentiu um doloroso aperto de coração ao ver assomar na porta o vulto de Isaura, arrimada ao braço de Miguel, lívida e desfigurada como enferma em agonia, os cabelos em desalinho, e com passos mal seguros penetrar, como um duende evocado do sepulcro, naquele salão, onde não há muito tempo a vira tão radiante de beleza e mocidade, naquele salão, que parecia ainda repetir os últimos acentos de sua voz suave e melodiosa.
Malvina sintió un doloroso dolor en el corazón al ver aparecer en el portal la figura de Isaura, apoyada en el brazo de Miguel, lívida y desfigurada como un enfermo en agonía, con el cabello en desorden, y con pasos que no saben penetrar, como un duende evocado de la tumba, en ese salón, donde no hace mucho la había visto tan radiante de belleza y juventud, en ese salón, que parecía repetir aún los últimos acentos de su voz suave y melodiosa.

Mesmo assim ainda era bela a mísera cativa. A magreza fazendo sobressaírem os contornos e ângulos faciais, realçava a pureza ideal e a severa energia daquele tipo antigo.
Aun así, la miserable cautiva seguía siendo hermosa. La delgadez que resaltaba los contornos y ángulos faciales realzaba la pureza ideal y la severa energía de aquel antiguo tipo.

Os grandes olhos pretos cobertos de luz baça e melancólica eram como cirios funéreos sob a arcada sombria de uma capela tumular. Os cabelos entornados em volta do colo, faziam ondular por eles leves sombras de maravilhoso efeito, como festões de hera a se debruçarem pelo mármore vetusto de estátua empalidecida pelo tempo. Naquela miseranda situação, Isaura oferecia ao escultor um formoso modelo da Níobe antiga.
Los grandes ojos negros, cubiertos de una luz apagada y melancólica, eran como velas funerarias bajo la oscura arcada de una capilla funeraria. Su cabello, revuelto alrededor de su regazo, hacía ondear ligeras sombras a través de él con un efecto maravilloso, como festones de hiedra cubriendo el antiguo mármol de una estatua palidecida por el tiempo. En esa miserable situación, Isaura le ofreció al escultor una bella maqueta de la antigua Níobe.

— Aquela é Isaura!... oh!... meu Deus! coitada! — murmurou Malvina ao vêla, e foi-lhe mister enxugar duas lágrimas, que a seu pesar umedeceram-lhe as pálpebras. Esteve a ponto de ir implorar clemência a seu esposo em favor da pobrezinha, mas lembrou-se das perversas inclinações e mau comportamento, que Leôncio aleivosamente atribuíra a Isaura, e assentou de revestir-se de toda a impassibilidade que lhe fosse possível. — Então, Isaura, — disse Malvina com brandura, — já tomaste a tua resolução?... estás decidida a casar com o marido que te queremos dar?
— ¡Esa es Isaura!... ¡ay!... ¡Dios mío! ¡pobre cosa! -murmuró Malvina al verla, y tuvo que secarse dos lágrimas, que a su pesar mojaron sus párpados. Estuvo a punto de ir a suplicar clemencia a su marido en favor de la pobre muchacha, pero recordó las inclinaciones perversas y la mala conducta que Leoncio había atribuido alevosamente a Isaura, y se dispuso a asumir toda la impasibilidad posible. —Entonces, Isaura —dijo Malvina con dulzura—, ¿ya te decidiste?... ¿estás decidida a casarte con el marido que queremos darte?

— Então, Isaura, — disse Malvina com brandura, — já tomaste a tua resolução?... estás decidida a casar com o marido que te queremos dar? Isaura por única resposta abaixou a cabeça e fitou os olhos no chão. — Sim, senhora, — respondeu Miguel por ela — Isaura está resolvida a se conformar com a vontade de V. Sa.
—Entonces, Isaura —dijo Malvina con dulzura—, ¿ya te decidiste?... ¿estás decidida a casarte con el marido que queremos darte? Isaura, como única respuesta, bajó la cabeza y miró al suelo. — Sí, señora — respondió Miguel por ella — Isaura está resuelta a cumplir su voluntad.

— Faz muito bem. Não é possível que ela esteja a sofrer por mais tempo esse cruel tratamento, em que não posso consentir enquanto estiver nesta casa. Não foi para esse fim que sua defunta senhora criou-a com tanto mimo, e deu-lhe tão boa educação. Isaura, apesar de tua descaída, quero-te bem ainda, e não tolerarei mais semelhante escândalo. Vamos dar-te ao mesmo tempo a liberdade e um excelente marido.
- Haces muy bien. No es posible que ella sufra más este trato cruel, que no puedo consentir mientras esté en esta casa. No fue por este propósito que su difunta ama la crió con tanto cuidado y le dio una educación tan buena. Isaura, a pesar de tu declive, todavía te amo y no toleraré más un escándalo así. Te daremos libertad y un excelente esposo al mismo tiempo.

— Excelente!... meu Deus! Que escárnio! — refletiu Isaura. — Belchior é muito bom moço, inofensivo, pacífico e trabalhador; creio que hás de dar-te otimamente com ele. Demais para obter a liberdade nenhum sacrifício é grande, não é assim, Isaura? — Sem dúvida, minha senhora; já que assim o quer, sujeito-me humildemente ao meu destino. Arrancam-me da masmorra — (continuou Isaura em seu pensamento), — para levarem-me ao suplício. — Muito bem, Isaura; mostras que és uma rapariga dócil e de juízo.
"¡Excelente!... ¡Dios mío!" ¡Qué burla! Isaura reflexionó. — Melchor es un joven muy bueno, inofensivo, pacífico y trabajador; Creo que te llevarás muy bien con él. Demasiado para obtener la libertad, ningún sacrificio es grande, ¿no es así, Isaura? “Ciertamente, mi señora; como así lo quieres, me someto humildemente a mi destino. Me sacan del calabozo —continuaba Isaura en su pensamiento—, para llevarme a la ejecución. — Muy bien, Isaura; demuestras que eres una chica dócil y sensata.

André, vai chamar aqui o senhor Belchior. Quero eu mesma ter o gosto de anunciar-lhe que vai enfim realizar o seu sonho querido de tantos anos. Creio que o senhor Miguel também não ficará mal satisfeito com o arranjo que damos a sua filha; sempre é alguma coisa sair do cativeiro e casar-se com um homem branco e livre. Antes assim do que fugir, e andar foragida por esse mundo. Isaura, para prova de quanto desejo o teu bem, quero ser madrinha neste casamento, que vai pôr termo a teus sofrimentos, e restabelecer nesta casa a paz e o contentamento, que há muito tempo dela andavam arredados. Ditas estas palavras, Malvina abriu um cofre de jóias, que estava sobre uma mesa, e dele tirou um rico colar de ouro, que foi colocar no pescoço de Isaura.
André, ve a llamar al Sr. Belchior aquí. Yo mismo quiero tener el placer de anunciarte que por fin vas a hacer realidad tu anhelado sueño de tantos años. Yo creo que el señor Miguel tampoco estará mal complacido con el arreglo que le damos a su hija; siempre es algo para salir del cautiverio y casarse con un hombre blanco libre. En lugar de huir, y estar huyendo en este mundo. Isaura, para demostrar cuánto te deseo bien, quiero ser la madrina de esta boda, que pondrá fin a tus sufrimientos y devolverá la paz y el contento a esta casa, que durante mucho tiempo estuvo lejos de ella. Habiendo dicho estas palabras, Malvina abrió un joyero, que estaba sobre una mesa, y sacó un rico collar de oro, que colocó alrededor del cuello de Isaura.

— Aceita isto, Isaura, — disse ela, — é o meu presente de noivado. — Agradecida, minha boa senhora, — disse Isaura, e acrescentou em seu coração: — é a corda, que o carrasco vem lançar ao pescoço da vítima. Neste momento vem entrando Belchior acompanhado por André. — Eis-me aqui, senhora minha, — diz ele, — o que deseja deste seu menor criado? — Dar-lhe os parabéns, senhor Belchior, — respondeu Malvina. — Parabéns!... mas eu não sei por quê!... — Pois eu lhe digo; fique sabendo que Isaura vai ser livre, e... adivinhe o resto. — E vai-se embora decerto... oh!... é uma desgraça! — Já vejo que não é bom adivinhador. Isaura está resolvida a casar-se com o senhor.
"Toma esto, Isaura", dijo, "es mi regalo de compromiso". -Gracias, mi buena señora -dijo Isaura, y añadió en su corazón: -es la soga que el verdugo viene a echar al cuello de la víctima. En ese momento entra Belchior acompañado de André. "Aquí estoy, mi señora", dice, "¿qué quieres de tu menor sirviente?" —Felicítelo, señor Belchior —respondió Malvina. — ¡Felicidades!... ¡pero no sé por qué!... — Bueno, ya te cuento; averiguar que Isaura será libre, y... adivinar el resto. "Y ciertamente se va... ¡oh!... ¡es una desgracia!" "Puedo ver que no eres un buen adivinador". Isaura está decidida a casarse contigo.

— Que me diz, patroa!... perdão, não posso acreditar. Vossemecê está zombando comigo. — Digo-lhe a verdade; ai está ela, que não me deixará mentir. — Apronte-se, senhor Belchior, e quanto antes, que amanhã mesmo há de se fazer o casamento aqui mesmo em casa. — Oh! senhora minha! divindade da Terra! — exclamou Belchior indo-se atirar aos pés de Malvina e procurando beijá-los, — deixe-me beijar esses pés... — Levante-se daí, senhor Belchior; não é a mim, é a Isaura que deve agradecer.
— ¡Qué dices, señora!... Lo siento, no puedo creerlo. Me estás imitando. - Te digo la verdad; ahí está ella, que no me deja mentir. —Prepárese, señor Belchior, y lo antes posible, porque mañana la boda será aquí mismo en su casa. -¡Oh! ¡mi señora! deidad de la tierra! — exclamó Melchor, yendo a arrojarse a los pies de Malvina y tratando de besarlos, — déjeme besar esos pies... —Levántese, señor Melchor; no soy yo, es Isaura quien debería agradecerte.

Belchior levanta-se e corre a prostrar-se aos pés de Isaura. — Oh! princesa de meu coração! — exclamou ele atracando-se ás pernas da pobre escrava, que fraca como estava, quase foi à terra com a força daquela furiosa e entusiástica atracação. Era para fazer rebentar de riso, a quem não soubesse quanto havia de trágico e doloroso no fundo daquela ímpia e ignóbil farsa. — Isaura!... não olhas para mim? aqui tens a teus pés este teu menor cativo, Belchior!... olha para ele, para este teu adorador, que hoje é mais do que um príncipe... dá cá essa mãozinha, deixa-me comê-la de beijos...
Belchior se levanta y corre a postrarse a los pies de Isaura. -¡Oh! ¡princesa de mi corazón! —exclamó, aferrándose a las piernas de la pobre esclava, que, a pesar de su debilidad, casi cae al suelo con la fuerza de aquel furioso y entusiasta aferramiento. Era para hacer estallar en carcajadas a cualquiera que no supiera lo trágico y doloroso que hay en el fondo de aquella farsa impía e innoble. — ¡Isaura!... ¿no me estás mirando? ¡aquí tienes a tus pies a tu cautivo más pequeño, Belchior!... míralo, a este adorador tuyo, que hoy es más que un príncipe... dame esa manita, déjame comerla a besos... .

— Meu Deus! que farsa hedionda obrigam-me a representar! -murmurou Isaura consigo, e voltando a face abandonou a mão a Belchior, que colando a ela a boca no transporte do entusiasmo, desatou a chorar como uma criança. — Olha que palerma! — disse André para Rosa, que observava de parte aquela cena tragicômica. — E venham cá dizer-me que não é o mel para a boca do asno! — Eu antes queria que me casassem com um jacaré. — Este meu sinhô moço tem idéias do diabo! quem havia de lembrar-se de casar uma sereia com um boto?
- ¡Dios mio! ¡Qué horrible farsa me veo obligado a realizar! - murmuró Isaura para sí misma, y ​​girando el rostro, abandonó su mano a Belchior, quien, acercando su boca a la de ella en el transporte de entusiasmo, rompió a llorar como un niño. "¡Mira a ese tonto!" dijo André a Rosa, que miraba de costado la tragicómica escena. "¡Y ven aquí y dime que no es miel para la boca de un burro!" "Solía ​​querer que se casaran con un caimán". — ¡Este joven mío tiene ideas del diablo! ¿A quién se le ocurriría casar a una sirena con un delfín?

— Invejoso!... você é que queria ser o boto, por isso está aí a torcer o nariz. Toma!... bem feito!... agora o que faltava era que o nhonhô te desse de dote à Isaura. — Isso queria eu!... aposto que Isaura não vai casar de livre vontade! e depois... nós cá nos arranjaríamos... havia de enfiar o boto pelo fundo de uma agulha. — Sai daí, tolo!... pensa que Isaura faz caso de você?... — Não te arrebites, minha Rosa; já agora não há remédio senão contentarme contigo, que em fim de contas também és bem bonitinha, e... tudo que cai no jequi, é peixe. — É baixo!... agüente a sua tábua, e vá consolar-se com quem quiser, menos comigo.
— ¡Envidioso!... tú eres el que quería ser el boto, por eso estás metiendo la nariz ahí. ¡Toma!... ¡bien hecho!... ahora lo que faltaba era que el amo te diera a Isaura como dote. — ¡Eso es lo que yo quería!... ¡Apuesto a que Isaura no se va a casar por voluntad propia! y entonces... nos arreglaríamos aquí... Tendría que meter el botón por el ojo de una aguja. —¡Fuera de ahí, tonto!... ¿Crees que Isaura te hace caso?... —No te asustes, mi Rosa; ahora no queda más remedio que contentarse contigo, porque al fin y al cabo también eres bonita, y... todo lo que cae en el jequi es pescado. "¡Está bajo!... Aférrate a tu tablón y ve a consolarte con quien quieras, menos conmigo".



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